segunda-feira, 7 de julho de 2008

Assembleia Municipal

No dia 27 de Junho de 2008, pelas 15 horas, teve início sessão ordinária da Assembleia Municipal de Anadia.
Foi discutida a adesão, na Concelhia de Anadia do Partido Social Democrata, de 182 novos militantes, muitos deles funcionários da Câmara Municipal de Anadia e seus familiares, pela mão de Litério Marques, numa lógica de luta interna com José Manuel Ribeiro; o caso, objecto de carta anónima, fui publicitado em praça pública pelo responsável local da JSD, partidário da facção oposta ao actual presidente.
No período após a ordem de trabalhos, aberta à intervenção dos munícipes, assistimos a uma degradante discussão entre o Presidente da Câmara de Anadia e o responsável concelhio do CDS-PP, com respostas de baixo nível do primeiro e gestos roçando a má-educação do segundo.
André Ferreira de Oliveira, Coordenador da Concelhia de Anadia da Juventude Socialista, interveio, colocando questões, sendo que a maior parte ficou sem resposta...
Após o autarca ter dito que a ETAR de Mogofores tinha sido desactivada, e aquele espaço deveria ser aproveitado para espaço verde, visto os mesmos se mostrarem necessários, questionou-se se mais não o seriam: Litério Marques, no seu estilo próprio, logo começou (recordado da chamada de atenção que lhe foi feita) por dizer que a Câmara não nada em dinheiro, para fazer parques precisa de comprar terrenos, e os parques não nascem de um dia para o outro, dizendo ademais que a ideia é muito linda, mas que talvez tivéssemos uma surpresa quanto à matéria; e tantos espaços verdes existem espalhados pelo concelho (muitos...), sendo faraónica e (sugerido) bacoca (pelo centralismo) a ideia de um parque de cidade em Anadia. Mais uma para o vento levar...
Face à resposta que dois dias antes havia dado, quanto à implementação de um sistema de recolha de óleos alimentares, de que tal tarefa estava reservada a privados, questionou-se o autarca se a Câmara Municipal cessaria todas as prestações de serviços, nomeadamente de construção civil, pois existem diversas sociedades do concelho a fazê-las, procedendo a Câmara a uma função que lhe não está cometida e havendo, assim, uma concorrência pouco leal; Litério Marques tergiversou, não respondeu, e ainda quis desviar atenções...
Foi perguntado se, para o bem da imagem do concelho e dos munícipes, mesmo tendo em conta a origem anónima do factor expositivo, publicitada por um membro do próprio partido, a Câmara de Anadia iria proceder a averiguações formais, de forma a apurar eventuais responsabilidades disciplinares e legais; Litério Marques sacou uma pérola, dizendo que o Partido Socialista tem que se preocupar com ele próprio, nada tendo a ver com a vida interna do PSD...
Resposta pronta: como munícipes, como políticos lutando pela melhoria das condições de vida dos munícipes e da imagem do concelho, a questão interessa a todos; não os problemas de lutas internas do PSD, mas da imagem de um munícipio onde existe uma acusação de coacção dos funcionários públicos camarários a aderir a um partido, sob pressões laborais por parte do responsável máximo!
Mas Litério Marques, não contente, ainda se lembrou de perguntar com que legitimidade tais questões eram colocadas, em nome de quem o eram!
Senhor Presidente: com a legitimidade de um regime democrático, no qual todo e qualquer cidadão, pelo simples, honrado e honroso facto de o ser, toma parte activa na tarefa de definição e decisão da respublica.
A ideia pode parecer-lhe chocante. mas não mudará.
Para evitar que situações deste tipo, que não são apenas episódicas, se repitam mais.
Mesmo sem moções.

1 comentário:

Sérgio Bandeira disse...

Esperem!
Vejam este... é de morrer a rir...

Ai Anadia que nunca mais sentes o 25 de Abril...